Perfil

Foto de Maria Tereza de Freitas Galvão

Mãe Tereza conheceu a moral cristã desde a infância, com uma parte da família espírita kardecista, ela foi introduzida no movimento espírita aos 18 anos. Sempre que voltava da doutrinária do Centro Bezerra de Menezes, chamava a atenção os tambores que tocavam no Terreiro na avenida 6. A curiosidade a fez se aproximar e frequentar esses toques de Jurema da religião de matriz afro-ameríndia.
Nesse Terreiro da Av. 6, dirigido pela Mãe Luciene de Ogun, Mãe Tereza teve seu desenvolvimento e participou efetivamente de uma comunidade de Povos de Terreiro por 7 anos e deu obrigação na no candomblé Nagô. Em 1987, o destino a quis em Florianópolis. Lá, junto com o marido Marcelo de Omolu, Mãe Tereza serviu ao orixá compartilhando seus conhecimentos com uma nova comunidade lá no sul do país por 3 anos.
Na década de 90, Mãe Tereza passa a frequentar o Terreiro de candomblé Nagô de Mãe Nen. Foi lá que aconteceram todas as obrigações do Nagô. Na obrigação de Marcelo de Omolu, O Babalorixá Bonifácio deu o cargo de Iya Mobá, orientado pelo jogo de búzios. Mãe Tereza assume esse cargo de confiança do Orixá até ser chamada para assumir o posto de Iyalorixá da Casa de Omolu na obrigação de "mudança das águas" do Nagô para Keto.
À frente do Ilê Axé Obaluaiyê, situado hoje em Extremoz/RN, Mãe Tereza foi a voz conciliadora, a ordem da Casa, o pulso firme e justo na condução de uma comunidade de matriz africana que compartilha a fé que evoca os princípios e saberes ancestrais. Mantendo viva a tradição, a cultura e valores de resistência do povo que descende de escravizados, mas que anterior à escravidão eram reis e rainhas no continente mãe.

Município de atuação:
Extremoz/RN