Ariell cresceu na região do Seridó potiguar, passando boa parte de sua infância em sítios no interior do estado. Essa vivência possibilitou uma fascinação pelo universo popular, pelas tradições, festas religiosas, pela terra e sua biodiversidade. Essa jornada resultou na construção do seu repertório visual imagético e de uma paleta de cores vibrante. Autodidata, a artista explora diferentes técnicas como: pintura, arte digital, muralismo e cerâmica.

Já exibiu seus trabalhos em instituições e eventos no Brasil e no exterior, como: Pinacoteca Potiguar (RN), CRAB Sebrae (RJ), Museu Nacional da República (DF), The Athena Foundation for the Arts (Califórnia, EUA) e Musik-Mittelschule (Gmünd, Áustria). Suas obras fazem parte de coleções privadas e públicas em diversos países, como Brasil, Canadá, Chile, Áustria, Portugal, Alemanha, Inglaterra e França. Ao longo de sua carreira, também colaborou em projetos corporativos e institucionais com empresas como Santander, Riachuelo, Unimed, Ancar, Sebrae, Sesc, Senac e Sesi, além de participações em projetos sociais e festivais de pintura urbana.

Ariell pinta desde a infância, mas foi ao buscar na arte um processo terapêutico que sua produção ganhou profundidade. A prática foi gerando uma clareza sobre sua relação com o mundo e, com o tempo, figuras andróginas começaram a surgir repetidamente em suas obras. Essas figuras refletiam sua própria vivência, marcada pela confusão de gênero durante a infância, quando não se sentia pertencente a nenhuma definição. Com o amadurecimento, Ariell passou a se identificar como mulher, desenvolvendo um fascínio pela figura feminina.

Em seu trabalho, os personagens carregam características andróginas, entretanto as mulheres ganham um protagonismo sutil, permitindo liberdade de identificação e interpretação ao observador. A artista rompe com estereótipos e celebra a diversidade, dando vida a personagens de peles multicoloridas.