Judson Takará
Artista visual, performer, figurinista e pesquisador licenciado em Teatro (UFRN) e pós-graduando em artes cênicas (PPGArC – UFRN). Sua pesquisa transdisciplinar gira em torno da Inddiegente, aparição de um corpo sagrado não santo e o Corpo Indigente (gordo, negro, LGBT e macumbeiro) que é utilizado como plataforma para criar contra narrativas de existência e confrontar a sentença de morte pela boca que recebeu ainda criança.
Iniciado no candomblé para o orixá Oxumarê há quase 10 anos, fundador do Ateliê Araká (2017), local de protagonismo afropotiguar onde se manufatura indumentárias religiosas usadas em religiões afro-brasileiras e em espetacularidades ligadas as matrizes africanas. Desde 2020 desenvolve o projeto “Saberes Negros: Oficina de Roupas com Axé” que deu início ao que viria se tornar “Axó – A Tradição das Roupas de Axé” (2022 – 2023), que consiste no compartilhamento teórico e formação técnica acerca das roupas de candomblé e seu contexto de criação a fim de contribuir para a manutenção do patrimônio imaterial presente nesse processo de confecção.
Firma-se através de quatro fundamentos estéticos: Onã (caminho), Obé (faca), Ará (corpo) e Enú (boca). As errâncias no percurso, as violências, o corpo quebrado e a fala falha são visivelmente presentes nas criações que se espalham pela fotoperformance, lambe-lambe, escrita, objetos e performance como forma de expressão. Em maio de 2023 abriu a primeira individual intitulada “Takará Obé” com Curadoria de Sanzia Barbosa no Margem.Hub de Fotografia em Natal.
- Município de atuação:
- Natal/RN