AUGUSTO PINTO
Falar em teatro na cidade de Mossoró, nos últimos 38 anos é sem sombra de dúvida ir ao encontro com a presença irreverente do ator e diretor Augusto Pinto. Quer seja no teatro de Rua, palco, e nos grandes autos ou mesmo nos movimentos organizados em defesa da classe artística, vamos encontrar sua participação marcante. Menino de escola pública que iniciou sua trajetória, participando de dramas populares e, brincando com mamulengos nas calçadas e terreiros de chão batido. As adaptações e montagens dos espetáculos “A louca do jardim” e o “Rico Avarento”, são referencias dessa época. Na década de setenta (época do regime autoritário), participou ativamente dos ditos espetáculos politicamente engajados atuando nas montagens “Poemas Hemorrágicos” e “Terra Para Quem Trabalha”, no extinto Grupo Terra. É neste período em que entrando para o movimento conhecido como federação Estadual de Teatro Amador inicia uma busca de formação teatral de forma mais efetiva, participando de oficinas com figuras ilustres do teatro brasileiro como: Moacyr de Góes, Fauzi Arap, Eduardo Vendramini, João das Neves e Amir Haddad. Na fundação do Cia Escarcéu de Teatro, teve sua atuação significante na direção de espetáculos, onde um dos mais marcantes foi a antológica montagem da Arvore dos mamulengos que permaneceu dez anos em cartaz. No Grupo arruaça é um dos fundadores e diretor artístico. Se destacando no grupo e geografia cênica da cidade pela sua diversidade como ator, diretor, cenógrafo, aderecista, figurinista, articulador e produtor Cultural do grupo, nos palcos Mossoroenses, atuou nos espetáculos como Chuva de Balas , Oratório de Santa Luzia e Auto da Liberdade; sob a regência de nomes como: Fernando Bicudo, Gabriel Villela, João Marcelino, Amir Haddad, Marcelo Flecha, e Antônio Abujamra, no caso dos três últimos nomes chegou a dividir com outros diretores da cidade a assistência de direção dos espetáculos. No Grupo Arruaça dirigiu os espetáculos “A Farsa da Boa Preguiça” texto de Ariano Suassuna, “A Luz da Lua” de Racine Santos, “As raposas” e o “Voo do cavalo do cão”, também de autoria de Racine Santos, e mais recentemente dirigiu o Frei Molambo da paraibana, Lourdes Ramalho. Em parceria do grupo Arruaça com a FUNDAC e a Escola Conego Francisco Sales (CAIC), realizou importantes montagens do Navio Negreiro e os Caminhos da Santa uma livre adaptação das crônicas de Dorian Jorge Freire. Realizou pesquisa para montagem de espetáculo de rua tendo por foco as poesias do poeta Luiz de Oliveira Campos.
Atualmente se dedica ao trabalho de teatro de bonecos (mamulengo), tendo realizado festivais de teatro de bonecos em Mossoró e região.
- Município de atuação:
- Mossoró/RN